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Polícia localiza mulher que pode ser mãe de bebê abandonado em contêiner

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pâmela Rubin Matge (Diário)

A Polícia Civil de Santa Maria localizou a suspeita de ser a mãe da criança encontrada em um contêiner em Santa Maria. O corpo foi encontrado na tarde do último domingo no centro da cidade.

Conforme a delegada Roberta Trevisan, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e responsável pelo caso, a suspeita, uma mulher de 31 anos, foi localizada por meio de testemunhas ouvidas pela investigação. Nas imagens de câmeras analisadas, a mulher não apareceu. Na tarde de quarta-feira, ela foi abordada por agentes da DPCA, mas se recusou a passar por exames que poderiam comprovar ou descartar se ela é mãe do bebê. 

À noite de ontem, por volta de 22h, ela se apresentou espontaneamente na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA). De acordo com o relato da equipe que fez o atendimento, ela estava nervosa e não prestou depoimento, mas queria "provar que a criança não era sua". Ela foi encaminhada ao Instituto Médio Legal (IML) para a coleta de material genético.

- Agora, a gente vai depender do resultado desse exame para saber se era ela mesmo a mãe. As diligências continuam. Até que chegue esse exame, não tem como ter certeza - afirma a delegada.

O laudo da necropsia ainda não concluiu sobre a criança ter nascido com vida ou não. Um exame já foi feito e indicou que a criança teria nascido sem vida, mas outra análise deve confirmar o resultado. O material genético da criança já foi coletado, mas era necessário, ainda, o material de uma possível mãe para comprovação.

- O médico disse que, por primeiro exame, a criança não teria nascido com vida. É coletada uma amostra do pulmão e mandada para um exame anatomopatológico que confirma isso. É um exame mais demorado, assim como a confrontação de material genético - explica Roberta.

O QUE PODE ACONTECER
Caso seja confirmada a maternidade, o resultado da necropsia vai determinar de quais crimes a mulher pode ser acusada. É possível que o caso possa ter sido um aborto, espontâneo ou provocado, ou ainda um infanticídio. Tratando-se de um aborto espontâneo, não há crime. Já o crime de aborto causado pela gestante tem pena de reclusão de um a três anos. O crime de infanticídio (quando a mãe comete homicídio contra o filho durante ou logo após o parto), por sua vez, tem pena de dois a seis anos.

- A gente depende 100% da perícia. Tudo indica que não foi o caso de infanticídio, mas ainda não temos essa comprovação - falou a delegada.

O CASO
Na tarde do último domingo, por volta de 16h, um reciclador encontrou uma criança em um contêiner na Rua Henrique Dias. Conforme o jovem, criança ainda respirava. A Polícia Civil iniciou a investigação por meio da DPCA, ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança próximas do local.

O reciclador Mateus Canto Gomes encontrou a criança. Segundo ele, o bebê ainda respirava. Confira o depoimento dele, gravado no mesmo dia, no vídeo do caso: 


*Colaborou Leonardo Catto



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